Opinião

Mulheres em Círculo: a experiência de coletivos de mulheres

Leia também:

Sempre tive muitas mulheres à minha volta. Fui criada pela minha mãe, por amigas da minha mãe, pelas mães de creche e professoras: todas elas me ajudaram na passagem da infância para a adolescência.


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Cadastre seu e-mail e receba nossos informativos.

Tiemi 2013

Sempre tive muitas mães. Esse sempre foi o meu destino: Mãe Eva Marçal, mãe Sônia Lopes, as mães dos meus namorados e as mães dos meus amigos. Minha conexão com mulheres sempre foi muito forte e para além do meu entendimento.

Eu conheci o feminismo muito cedo por falas da minha professora e amiga Selma Saraiva, ativista social e artista plástica. Entre aprender a beber, fumar e me divertir nas noites da periferia de São Paulo, aprendi a diferença estabelecida entre falar do feminismo e a prática do que deveria ser o comportamento esperado de uma mulher.

Minha primeira luta foi o espaço de fala. Ser ouvida é, sem dúvida, uma das maiores dificuldades na vida de uma mulher. Fui oradora do grêmio estudantil como secundarista e não foi fácil conquistar esse espaço.

Posso dizer que mesmo com todos os ruídos existentes, a apropriação de ideias e a negação do conhecimento presente nessa pequena mulher que aqui relata, eu consegui ser ouvida e reconhecida pelo meu posicionamento em diversos espaços. Eu sabia que a luta contra esse silenciamento fazia parte da luta feminista, mas não dávamos esse nome para o que sempre fez parte da realidade das mulheres periféricas.

O feminismo para mim era branco, falava em outra língua, trazia argumentos fora da realidade, e por isso que até quase os 25 anos eu não fiz parte de nenhum coletivo feminista. Aos 27 anos já havia feito muita coisa – fui atriz, cantora, poeta e mãe -, mas ainda não havia me conectado com algo que considerava fundamental: a mim própria. Tudo que eu lia e conhecia frequentemente me distanciava das minhas próprias experiências, pois a vida é feita de fatos e não de análises, de nada vale se eles não estão conectados. Então fui para a faculdade de sociologia entender como o conhecimento poderia fazer sentido no cotidiano periférico e suas mazelas.

A essa altura eu já fazia parte das estatísticas como mãe solteira, mulher preta e pobre de periferia, e essa constatação estreitou minha relação com o feminismo, pois ele se fazia necessário como base de compreensão para todas as dificuldades que eu enfrentava nesse percurso de mulher universitária e mãe.

Durante esse período me afirmei mais do que nunca como mulher negra, apesar de muitas pessoas terem uma visão embranquecida da minha presença em razão dos meus traços indígenas, assim como minha forma de comunicação – adquirida no movimento social e político – confunde algumas delas sobre a minha classe social. Sempre fugindo dos estereótipos e buscando uma construção de uma auto imagem que me fortalecesse no contexto social público, me vi muitas vezes constrangida, por não ser reconhecida em lugares que para mim sempre foram comuns em minha vida. A construção de um estereótipo de mulher periférica, muitas vezes destrói um espaço de convivência importante para as mulheres.

Durante minha vida acadêmica conheci uma bibliografia imensa sobre mulheres, mas um livro em si mudou minha trajetória: Mulheres: o gênero nos une, a classe nos divide de Cecília Toledo.

Já abastecida de leituras marxistas, esse livro me fez rever e focar absolutamente na mulher e suas questões. Toledo aponta que a mulher passou por diversas situações de opressão no decorrer do tempo, mas que, no entanto, ela não nasceu oprimida ou inferiorizada, mas passou a ser tratada dessa maneira, e que essa relação esteve relacionada, direta ou indiretamente, à divisão social do trabalho.

A partir daí percebi que a submissão da mulher não é natural, porque naturalizamos esse estado de coisas que vêm de nossos parceiros, de nossos patrões e todo e qualquer homem que se vê na disputa de espaço social. É importante destacar que minha vida se fez no movimento social e cultural, mas mesmo nesses espaços a construção da masculinidade está, até hoje, envolta de um machismo velado pela amplitude da arte e das necessidades sociais -, como saúde e habitação. Apesar de as grandes líderes desses movimentos serem mulheres, muitas vezes homens se apropriam dessas lutas se tornando destaque nesses movimentos.

Toledo fala sobre a questão da pobreza e as piores condições de vida da mulher negra, mas também fala sobre suas lutas. A mulher negra naturalizou a luta como parte da sua vida, pois ser mulher é lutar o tempo todo pela sua sobrevivência e de sua família, sendo difícil aí identificar esse cotidiano de luta com as bandeiras feministas, tornando esse movimento estranho às ações que ela realiza cotidianamente e seus espaços de conquista.

A permanência na Universidade foi um tempo de maturação, leitura e conhecimento, muita troca e reações diante do machismo presente, mas somente em 2012, quando retornei à periferia, comecei realmente a pensar atuações que possibilitassem a formação política e de gênero na quebrada.

Uma coisa é fato: não é fácil pensar sobre emancipação feminina quando nós mesmas estamos engendradas nessas amarras – relacionamentos, trabalhos, filhos, a vida em movimento – enquanto estamos refletindo sobre o que significa de fato poder ser quem somos e conquistar espaços, sem que isso de certa forma, se torne um conflito em nossa própria narrativa.

A liberdade é frágil e precisa ser protegida. Sacrificá-la mesmo como medida temporária, é traí-la. Como, então, agir em um contexto onde a vida vivida nos envolve constantemente no machismo? Eu ainda não sei, mas descobri em 2015 que estar constantemente entre mulheres nos livra de diversas amarras e promove um processo de cura importante.

Em 2013, criamos o coletivo Katu junto a professores da região, atuando em escolas públicas na formação política de jovens do ensino médio: uma estratégia de conversar com os jovens sobre as convenções políticas existentes, gênero, cultura e sexualidade que, sem dúvida, é um tema que sempre surgirá se em uma roda de jovens pedirmos que eles sugiram temas para um debate.

Por meio desse coletivo conheci mulheres que também continham em seu discurso ideias e práticas feministas em âmbito periférico: Alessandra Tavares, Jenyffer Nascimento, Mariana Brito, Carla Arailda, Danielle Regina, Daniela Braga, Dandara Kuntê, entre tantas outras.

Temos outras histórias de encontro, claro: foram outros debates, mesas, encontros e comemorações dentro do espaço da cultura e do movimento social. Mas entre esses encontros nasceu uma ação feminista que levava em conta nossas particularidades territoriais, étnicas e econômicas. Não foi o primeiro lugar da cidade em que essa discussão se dava, seria impossível, sem um estudo qualificado, historiografar esse movimento, mas afirmo que ele veio com força reanimando o movimento feminista nas periferias.

Em 8 março de 2015, nasceu o encontro de mulheres Periferia Segue Sangrando, a partir da reflexão de uma música do Rapper GOG e das ações da grafiteira e artista plástica Carolina Teixeira, que pintava úteros pela cidade. Realizamos um encontro onde reunimos mulheres da periferia sul em círculo para falar das nossas mazelas e realizar um processo de cura coletivo.

Com base nos círculos restaurativos e sua metodologia potente no trabalho dos impactos da violência na subjetividade, que trabalha por meio de vivência o mergulho em sua própria história, os danos que violências vividas ainda nos provocam e nos afetam em relação aos outros e, principalmente, em nossa atuação como mulheres livres. Dores essas visíveis e invisíveis que trazemos como marcas em nossos corpos físicos e metafísicos, pois, nossas ancestrais também viveram trajetórias marcadas pela dor. O racismo, elemento da escravidão, e o machismo e o preconceito de gênero nos atravessam historicamente e elaboram esse imaginário do medo da liberdade que se confunde com a impossibilidade de viver plenamente como mulher.

Esse encontro foi um marco no meu imaginário de feminismo, pois nunca havia participado de algo tão completo, belo e extravagante. Mulheres de diversas partes e contextos diferentes em círculo, com uma peça de fala (instrumento utilizado como mediador de fala, quem está com a peça está com a palavra, até que se esgote sua fala e ela passe a peça para outra mulher), falando de suas histórias e trajetórias. Entre dores e alegrias, nós, entre outras, compartilhamos ali a importância de nossas histórias para a elaboração de nossas vidas.

Sem dúvida aquele círculo me curou de tantas formas que não cabem em palavras, mas uma coisa é fato: descobri ali que a fala sobre a importância da luta da mulher contra o machismo e as diversas formas de opressão que se apresentam em nossas caminhadas se dá por meio da escuta e do compartilhamento.

Esse foi um momento em que na periferia Sul diversos coletivos feministas começaram a existir. A Coletiva Fala Guerreira estabeleceu um curso de comunicadoras, reuniu mulheres de diversos cantos da cidade na Associação Cultural Bloco do Beco no Jardim Ibirapuera, sede ainda hoje de diversas ações feministas da Zona Sul. Desse curso nasceu a revista Fala Guerreira que, com seis exemplares, trouxe diversas mulheres na produção de textos sobre a mulher no contexto periférico, além de debates e ações relevantes.

Ainda outras surgiram como as coletivas Camomilas, Mulheres Negras, Audácia, entre diversas outras espalhadas pela cidade – elas surgiram. Ou ressurgiram, em um contexto mais denso da discussão de um feminismo periférico. Grupos artísticos como a Capulanas – Cia de arte negra compostos por mulheres, têm em sua produção artística a mulher negra e a diáspora, que já existia, mas que nesse contexto de descobrimento da importância dos coletivos de mulheres se apresenta com uma potência nas narrativas ligadas à ancestralidade negra e sua importância no feminismo periférico.

Ficamos fortes, eu fiquei forte, e o debate de gênero, quente, em um contexto nacional. Rodas e mais rodas de debate e formação de gênero surgiram, e mais e mais se estabelece uma conexão com as mulheres, suas histórias e trajetórias.

Eu aprendi muito no círculo de mulheres, aprendi que minha vida na periferia de São Paulo tem importância em um contexto geral para a reflexão da mulher periférica. 

“Sabedoria de mãe, sua cabeça seu guia, ela me dizia entre conversas sobre o futuro e minha covardia.

Bebi muita água de mina, me banhei, brinquei, comunguei com ela as vozes que me seguiam. Meu berço mina da Monte Azul, sem intender vivi em torno da água quase que uma vida, água morta dos córregos, água viva da mina.

Essa água fez a menina…. Ah se eu soubesse o que sei hoje, teria feito daquela mina minha morada. Mas eu sentia de outra forma com meu baldinho de idas e vindas, sentia tristeza da minha pobreza, vergonha não, isso nunca foi servido lá em casa em nenhuma mesa.

Eu cresci em comunidade de verdade, muitas mãos para forjar essa menina, mães de creche, crianças, amigos e a mina.”

Anabela Gonçalves

Aqui se estabelece uma narrativa existente nos círculos de mulheres, não estou aqui tentando conjecturar dentro de uma análise intelectual a importância desses encontros, mas que vejam a partir de mim a importância de transformação da linguagem e da fala no processo de alinhamento da luta feminina.

Sem dúvida quando falo de mim, tenho que recorrer a um dos temas mais perturbadores na vida de uma feminista hétero: relacionamentos afetivos, amorosos e sexuais na contemporaneidade e suas amarras na manutenção do machismo e do capitalismo como normas sociais.

Em dúvida sempre, será que essa discussão se refere ao sexo ou a construção de uma masculinidade machista que pode reverberar em qualquer dos corpos que se relacionem? Sabemos que essa masculinidade machista tem se manifestado em corpos masculinos, sujeitando mulheres a relacionamentos privativos, violentos e torturantes, e eu não fugi a essa regra terrível, mas os círculos me fortaleceram para sair desses processos, olhando para o que era meu, o que era do outro e como as estruturas sociais alimentavam essas relações. Hoje o amor não é mais casar, mas também é casar, não é mais alianças, mas também é alianças, entre outros comportamentos patriarcais equivalentes, o que melhora nossa situação é a possibilidade.

Como não nos intoxicar com as velhas inflamações patriarcais que atrasam nossas conquistas pessoais, independente de gênero ou orientação? Tudo isso faz parte de uma grande e velha construção sobre nossas vidas. Hoje somos “Marias que vai com as outras”, estamos organizadas em pautas de extrema relevância para o presente, o passado e o futuro, resolvendo inflamações ancestrais que tiram de nós o peso de um passado de silenciamento e violência, tornando possível a fala de nossas ancestrais reverberar em nossas falas, mesmo lidando com o silenciamento e a violência constantemente.

Mas uma questão presente sempre fica: como regular o amor politicamente? 

Bem, hoje não estamos mais sozinhas para pensar sobre nossas relações, sendo elas heterossexuais ou não, sendo elas monogâmicas ou não. As mulheres e seus estudos, nos trouxeram a possibilidade de saber que nada é natural, tudo é uma construção, e como tal pode ser demolido.

Quando falamos dos círculos de mulheres aqui da periferia Sul de São Paulo, ainda em um recorte menor, da minha periferia sul, Jardim São Luís, Jardim Ângela e Capão Redondo, estamos falando de mulheres negras, mesmo com o relativismo estabelecido pelo colorismo, nós nos reconhecemos, também e ainda mais, pelas condições materiais de empobrecimento que vivemos. Por meio desse reconhecimento temos nos inspirado em nossa diáspora para reafirmar a importância das organizações femininas, não só em um contexto ocidental, por meio das lutas do movimento feminista organizado, também composto historicamente por mulheres negras em nosso país.

Em 1983, quando o governador de São Paulo, Franco Montoro, nomeou 30 conselheiras, todas elas brancas, para o Conselho Estadual da Condição Feminina – CECF (o primeiro conselho governamental dos direitos das mulheres e que inspirou todos os demais criados no Brasil), desencadeou-se um processo de mobilização de mulheres militantes do movimento negro paulista, tendo como resultado a criação do Coletivo de Mulheres Negras de São Paulo. Sua mobilização fez com que duas mulheres fossem nomeadas para compor o CECF.

Em 1984, realizou-se o 1º Encontro Estadual de Mulheres Negras, que discutiu, entre outros temas, as relações entre homens negros e mulheres brancas, a violência, a participação política, a estética, o mercado de trabalho, a educação, a mídia e a religião. Em 1988, ano comemorativo do centenário da Abolição da Escravatura, surgiu oficialmente o movimento das mulheres negras do Brasil, surge o Fala Preta e o Gueledés, grupos que inspiram nossas ações até hoje.

Em nosso contexto ancestral africano temos duas associações femininas importantes: Ialodê era uma associação feminina cujo nome significa “senhora encarregada dos negócios públicos”. Sua dirigente tinha lugar no conselho supremo dos chefes urbanos e era considerada uma alta funcionária do Estado, responsável pelas questões femininas, representando especialmente, os interesses das comerciantes. 

Enquanto a Ialodê se encarregava da troca de bens materiais, a sociedade Gueledé era uma associação mais próxima da troca de bens simbólicos. Sua visibilidade advinha dos rituais de propiciação à fertilidade e fecundidade – aspectos importantes do poder especificamente feminino.

Nesse contexto temos nossas Ialodês e nossas Gueledés. Acredito que os círculos femininos são em forma nossos Gueledés, formas de encontro que nos remetem a nossa ancestralidade e formas de cultivar a vida dentro do sistema ocidental de forma alternativa, com processos de cura, religare com nossas heranças ancestrais e retomada da força feminina existente em nossa história.

“Conta-se que logo que o mundo foi criado, todos os orixás vieram para a terra e começaram a tomar decisões e dividir encargos entre eles, em conciliábulos nos quais somente os homens podiam participar.

Osun não se conformava com essa situação. Ressentida pela exclusão, ela vingou-se dos orixás masculinos. Condenou todas as mulheres à infertilidade, de sorte que qualquer iniciativa masculina no sentido da fertilidade era fadada ao fracasso.

Por isso os homens foram consultar Olodumare.

Olodumare soube que Osun fora excluída das reuniões, ele aconselhou os orixás a convidá-la, e às outras mulheres, pois sem Osun e seu poder sobre a fecundidade, nada poderia ir adiante.

Os orixás seguiram os sábios conselhos de Olodumare, e assim suas iniciativas voltaram a ter sucesso. As mulheres voltaram a gerar filhos e a vida na terra prosperou.”

Prandi, Reginaldo, 2001

Esse Itan (lenda) já nos aponta nosso poder mítico ancestral para as lutas que temos que travar cotidianamente. Todas as mulheres que eu conheci são lutadoras em seu universo. Minha mãe saiu muito jovem de sua terra natal, Vitória da Conquista – Bahia, rumo a São Paulo. Após a morte de minha avó, viu sua família ser desmembrada pelo meu avô que deu todos os filhos para que outros criassem, e nesse contexto ela veio para São Paulo com uma família para trabalhar sem remuneração por comida e teto.

Após anos nessa situação, fugiu dessa casa deixando para trás tudo que tinha, inclusive seus documentos que estavam em poder da patroa. Retirou novos documentos em São Paulo e se deu o nome de Maria Gonçalves Vaz, criado por ela, pois não sabia seu nome de cor e assim recriou sua trajetória. Carrego meu sobrenome com orgulho, pois é símbolo da reconstrução de uma vida longe da escravidão domiciliar que muitas mulheres da geração da minha mãe e da minha vó passaram para sobreviver em um sistema de privilégios.

Minha mãe faleceu aos 65 anos por conta da hipertensão e obesidade que estiveram sempre presentes em sua trajetória por situações traumatizantes vividas e pelo estado de humilhação social constante, por ser uma mulher negra, pobre, nordestina e com desfalques em sua alfabetização. Nesse sentido, ela foi vítima de uma vulnerabilidade psicossomática que provém da exposição excessiva a tensões que têm origem na constante e histórica negativa de direitos sociais nas periferias.

Essa narrativa, assim como outras, só é possível por meio dos círculos de mulheres. Histórias que trazem para o contexto da problematização trajetórias inteiras contra o abuso sistemático da força de trabalho feminina.

A narrativa, sem dúvida, por si só já é suficiente: uma regra dos círculos é não analisar, nem tentar justificar ou contextualizar a história das mulheres. Tudo que se passa no círculo fica no círculo, não pode ser revelado ou discutido depois. É um exercício de escuta e acolhimento em primeira pessoa, eu relato somente o que eu vivi, a partir de mim, sem julgamentos.

Esse é o caminho, entre tantas ideias de autocuidado, o círculo de mulheres se mostra para mim um espaço de cura e resistência, ele não precisa de muito para acontecer, basta um grupo de mulheres dispostas a discutir sua realidade e suas contradições com uma escuta ativa, e no sentido de esvaziarem-se para que caiba novas noções de si, um novo olhar, sem o constrangimento de se adequar às questões ideológicas postas na sociedade, mas convictas de que não estamos em disputa, mas em construção de um espaço de compreensão e de possibilidade de sermos quem somos em uma constante de transformações.

Aqui eu fecho meu depoimento e vivência e passo a peça de fala para todas que estão em busca de formas de organização feminina. Possivelmente você já está rodeada de mulheres, mães, avós, amigas, tias. Façam circular as vivências e trajetórias, moldando em si mesmas a possibilidade de resignação e transformação as adversidades que encontramos para existir nessa sociedade que muitas vezes demonstra um ódio desmedido sobre nossa existência.

Seguimos sangrando!

Autor

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Cadastre seu e-mail e receba nossos informativos.

Pular para o conteúdo